VARICOSE VEINS SURGERY OF LOWER LIMBS CAN WE PRESERVE GREAT SAPHENOUS VEIN?

Authors

  • Carlos Pereira Alves Ex-director de cirurgia do CHLC Professor jubilado da FCMLUN
  • José Neves Assistente Graduado de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • Vasco Pinheiro Assistente Graduado de Cirurgia Geral Hospital da Ordem Terceira. Clinica de Veias – Lisboa
  • Luis Moniz Assistente Graduado de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • Francisco Toscano Interno de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia Hospital da Ordem Terceira Clinica de Veias
  • Joana Figueiredo Interno de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • Rosa Matias Interno de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • Clara Sampaio Interno de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • A. Marques Assistente Graduado de Imagiologia Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • Luis Vieira Assistente Graduado de Imagiologia Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos Departamento de Cirurgia
  • R. Manso Neves Enfermeira Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) Hospital dos Capuchos

Abstract

Introdução: A avaliação por eco-Doppler mostrou a grande veia safena como uma veia interfascial e não superficial. O Eco-Doppler mostrou também veias varicosas com junção safeno femoral competente, bem como veias varicosas que envolvem somente veias colaterais ou veias colaterais mais segmentos da grande veia safena. Consequentemente foram definidos dois padrões principais de refluxo venoso: o refluxo axial com envolvimento contínuo da grande veia safena, desde a junção safenofemoral ao maléolo e o refluxo segmentar com envolvimento de segmentos da grande veia safena e/ou veias colaterais, mas sem continuidade entre si. O padrão de refluxo segmentar divide-se em 3 subtipos: no subtipo 1 estão apenas envolvidos ramos superficiais, no subtipo 2 estão envolvidos ramos superficiais mais segmentos da grande veia safena e no subtipo 3 verifica-se refluxo ao nível da junção safenofemoral e de veias colaterais da coxa.

Objetivo: Podemos preservar a grande veia safena tratando veias varicosas com um padrão de refluxo segmentar?

Metodologia: Foram operados 54 doentes com padrão de refluxo segmentar com preservação da grande veia safena. O seguimento clínico considerou o alívio sintomático e cosmético e a não recorrência de varizes, avaliando a cirurgia como satisfatória. O seguimento por Eco-Doppler classificou o refluxo em: ausência de refluxo, persistência de refluxo ou progressão de refluxo. O tempo médio de seguimento foi de 12,1 meses.

Resultados. Resultados clínicos: 98.5% avaliou a cirurgia como satisfatória. Resultados do Eco-Doppler: 58% com ausência de refluxo, 42% com persistência de refluxo e 1 caso com progressão do refluxo.

Conclusão: Os resultados do nosso estudo, clínicos e avaliação por Eco-Doppler, sustentam a preservação da grande veia safena.

A resposta à nossa questão se podemos preservar a grande veia safena é um sim terminante.

Os nossos achados sustentam também o conceito de que as veias varicosas são um processo local e multifocal com início em qualquer segmento de veia e não um processo descendente com início na junção safenofemoral. Os ramos varicosos superficiais aparentam ter um papel principal neste processo e não o tronco da veia safena, como considerado previamente.

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2016-06-30

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