CHEGOU O MOMENTO DA PRÉ-HABILITAÇÃO COMUNITÁRIA E DOMICILIAR: NARRATIVA DE UM PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO
Resumo
Ainda que geralmente em modelos estocásticos, a optimização das condições clínicas dos doentes, para os preparar para a cirurgia, foi desde sempre pretendida pelos cirurgiões. A criação de um programa sistemático de pré-habilitação deve ter em consideração os doentes e as suas circunstâncias. Para garantir o sucesso, os programas devem ser personalizados (centrados no doente) e ter como objetivos garantir o apoio regular aos doentes, bem como o contato fácil e eficaz com os profissionais de saúde. Neste pressuposto, foi planeada uma clínica com duas “plataformas” interligadas, uma com base em instalações hospitalares e a outra na medicina comunitária, sendo simples e eficiente o contacto entre os especialistas em saúde, e com o doente e seus familiares. Esta ampla gama de “léxicos” e sistemas de comunicação será incorporada e operacionalizada em sistemas simples e acessíveis. A orientação e gestão deste projeto é um processo exigente e contínuo. O objetivo deste artigo é narrar o como, e o porquê, de estarmos a criar uma clínica de pré-habilitação, personalizada, baseada na comunidade e no domicílio. Pretendemos, também, fazer uma reflexão sobre este “processo de mudança”, que visa atingir necessidades percebidas pelos “interlocutores” e pelos “actores” da mudança, integrando-os precocemente no processo de construção e implementação do projeto.
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