Cirurgia “Fast-Track no Colon: Resultados de um Estudo Piloto

Authors

  • J. P. Silva Serviço de Oncologia Cirúrgica, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • L. Miranda Anestesiologia, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • R. Valente Anestesiologia, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • S. Cabral Nutrição, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • A. Bastos Enfermagem do Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • T. Sousa Enfermagem do Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • D. Gomes Serviço de Oncologia Cirúrgica, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • A. Sousa Serviço de Oncologia Cirúrgica, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal
  • L. Santos Serviço de Oncologia Cirúrgica, Instituto Português de Oncologia, EPE, Porto, Portugal

Abstract

Objectivos: Estudar a viabilidade da aplicação do modelo da cirurgia “fast track” em doentes portadores com neoplasia do cólon e submetidos a cirurgia radical.

Material e métodos: Estudo piloto, prospectivo, que decorreu entre Novembro de 2007 e Junho de 2008, período no qual foram operados, por laparotomia, 30 doentes portadores de neoplasia do cólon. As variáveis estudadas incluíram: características demográficas; tipo de tumor; ASA; P-POSSUM; tipo e duração da cirurgia; controlo da dor, complicações pós-operatórias; duração do internamento e a satisfação global do doente.

Resultados: Dos 30 doentes estudados, 16 doentes eram do sexo masculino, 70% tinha mais que 60 anos (Min. 40; Max. 77 com uma mediana de 70 anos); 30% tinha um Índice Massa corporal (IMC) Maior ou igual a 30 (Min.: 20,09; Max.: 43,75; Med.: 28,32). 21 doentes apresentavam co-morbilidade associada, sendo a HTA a mais prevalente. 90% dos doentes foram classificados como ASA II e segundo a avaliação pelo P-POSSUM uma morbilidade média prevista de 27,56% e uma mortalidade média prevista de 1,53%. Em 40% dos casos o tumor estava localizado no cólon sigmoide. Num doente não se conseguiu colocar o cateter epidural torácico definido. A média de duração da cirurgia foi de 99,5 minutos (Min.: 50; Max.:150 min.). 66,7% (20 doentes) nunca apresentaram vómitos no pós-operatório e em 64% dos doentes a dor esteve sempre controlada; 50% dos doentes tiveram alta ao 3o dia pós-operatório e os restantes até ao 5o dia pós-operatório; 2 doentes foram reinternados e um deles foi reoperado por deiscência da anastomose (pT3N2M0). A maior parte dos doentes (12) foi estadiado como pT3N0M0. O mínimo de gânglios isolados foi de 4 e o máximo de 60 (mediana de 18).

Conclusão: Este estudo piloto revela que o protocolo “Fast-Track” na cirurgia colorectal é viável e permite tempos de internamento de 3 a 5 dias. Este protocolo é uma opção a ter em conta no tratamento cirúrgico do cancro do cólon. 

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Published

2010-03-25

Issue

Section

Original Papers