TUMORES FILÓIDES GIGANTES (VARIANTES BENIGNA E MALIGNA): ALTERAÇÕES CLÍNICAS, TRATAMENTO CIRÚRGICO E SEGUIMENTO AMBULATORIAL – RELATOS DE CASOS
Resumo
Os Tumores Filoides são tumores fibroepiteliais raros da mama, representando menos de 1% de todas as neoplasias mamárias, acometendo mulheres na faixa etária de maior incidência entre 40 e 50 anos. Com comportamento biológico variável, o espectro de apresentação benigna se confunde com o fibroadenoma celular e, no outro extremo, o maligno apresenta semelhanças com outras neoplasias malignas da mama. Geralmente, aparecem na forma de tumoração palpável, lisa, multinodular, firme, móvel e indolor, com achados mamográficos e ultrassonográficos anormais. O crescimento tumoral costuma ser rápido, sem correlação com maior risco de malignidade. O diagnóstico é confirmado por avaliação histopatológica. O tratamento é eminentemente cirúrgico, sendo indicada excisão com margens livres e, até mesmo, mastectomia, a depender da extensão tumoral. É importante a presença de margens livres, visto que isso contribui para a redução das recidivas locais, muito comuns nesse tipo de tumor. Radioterapia adjuvante é controversa na literatura, mas parece reduzir a recorrência, sem alterar a mortalidade. Esse artigo descreve 02 casos de Tumor Filoides, variante benigna e maligna, com os quais objetivamos ressaltar a importância do diagnóstico diferencial e adequado tratamento cirúrgico, visando menor morbidade pós-operatória.
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