%A Siveira, Luis F. %D 2015 %T Pneumonia Química, complicação rara de cateter venoso central %K %X Várias complicações provocadas por cateteres venosos centrais têm sido descritas, com predominância para pneumo, hemo ou hidrotórax, trombose da veia cava superior (VCS) ou inferior, fragmentação embólica do cateter e infeção local ou sistémica. O tamponamento cardíaco, com ou sem perfuração do miocárdio, tem sido descrito, mais frequentemente, em crianças, mas não só. O autor descreve um caso de pneumonia química por difusão do produto de alimentação parenteral total, administrado por cateter na subclávia direita, sem perfuração da parede da veia cava superior. Num doente submetido a resseção anterior do reto, declarou-se uma fístula anastomótica e foi colocado cateter venoso central (CVC) para administração de alimentação parenteral. Passados alguns dias começou com tosse seca, irritativa, e uma radiografia do tórax mostrou um foco pneumónico no lobo médio do pulmão direito. Porque não tinha febre, nem insuficiência respiratória manteve-se o CVC, tendo piorado a pneumonia. Quando a fístula foi considerada curada, excisou-se o cateter, as queixas diminuíram e as alterações radiológicas desapareceram. Discutem-se as hipóteses etiológicas baseadas na literatura conhecida, para comprovar a natureza química da pneumonia e apontam-se sugestões para colocação dos CVC. Não sendo estas totalmente eficazes, sugere-se vigilância do funcionamento daqueles, de modo a detetar a existência de complicações, precocemente, não só no caso de perfurações das paredes cardíaca ou da VCS, mas também da difusão, sem perfuração, através delas. %U https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/511 %J Revista Portuguesa de Cirurgia %0 Journal Article %P 47-50%N 33 %@ 2183-1165 %8 2015-06-29